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ESSOR lança apólice para arte com cobertura de US$ 50 mi

ESSOR lança apólice para arte com cobertura de US$ 50 mi

05 de novembro de 2021

A memória de incidentes dramáticos nos últimos anos, como os incêndios do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, ou do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, reforça a percepção sobre a necessidade de se proteger acervos de obras, sejam institucionais ou particulares.

Mas também relembram as complexas vulnerabilidades do setor de artes. Diante dos desafios trazidos pelos riscos, existe uma falta de seguros adequados para esse mercado.

O cenário de carência de coberturas surge a partir de vários complicadores para a implementação desse tipo de produto. A começar das características de uma exposição, que demanda, por exemplo, uma logística sofisticada e cara para o transporte de modo a preservar obras raras. Além disso, os riscos a serem avaliados incluem até mesmo a infraestrutura para prevenção e combate a incêndios de locais onde as obras vão ficar expostas.

Segundo Fábio Pinho, CEO da ESSOR, subsidiária brasileira do grupo britânico SCOR, “as apólices atuais, por exemplo, contemplam incêndio e exigem ‘sprinklers’, mas, nesse caso, as obras precisam estar protegidas da eventual água que será espalhada pelo equipamento”. Conforme o executivo, “imagine se há quadros expostos sem uma proteção contra água e haja um alarme falso de incêndio? Pode-se perder várias peças”.

Outro ponto que tende a tornar as seguradoras avessas a esse tipo de apólice é o custo, quando ocorre um sinistro. O incêndio da Galeria Nara Roessler, em Taboão da Serra, em março deste ano, com mais de 2 mil obras de artistas conhecidos como Vik Muniz e Antonio Dias, assustou as empresas que atuam no segmento. O resultado foi que o mercado reduziu os valores disponíveis para coberturas do tipo.

Atenta a esse cenário, a ESSOR lança hoje uma nova apólice para o setor de artes, inspirada nos modelos europeus, que são a principal referência de produtos do gênero. Uma das variáveis de equação que a Seguradora brasileira conseguiu resolver refere-se ao valor das coberturas. Para estruturar o produto, a ESSOR montou uma rede de resseguradoras que consegue absorver os riscos sem preocupações. Com isso, as apólices do novo seguro têm capacidade de assegurar indenizações de até US$ 50 milhões por obra. O CEO da ESSOR estima que o produto alcance cerca de R$ 5 milhões em prêmios no próximo ano.

A Seguradora também buscou montar uma equipe com especialistas em arte, como Ana Notari, museóloga com pós-graduação na Itália, que é responsável pela subscrição dos riscos. Também faz parte do grupo o especialista em resseguros Márcio Ribeiro.

“O que realmente é diferente do novo seguro é conseguir atender as necessidades da instituição ou do colecionador sem que este precise comprar vários produtos para proteger o acervo”, afirma Notari. “Até agora, quem precisa segurar uma exposição tem de montar uma colcha de retalhos com vários produtos para cada situação”, complementa.

“A gente está falando de museus e instituições, mas também de coleções particulares. No caso de uma exposição, o seguro abrange do começo ao fim, manuseio, transporte, armazenamento, montagem e assim por diante. Até previsão de cobertura para guerra e terrorismo está inclusa”, diz.

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