Seguros em alta: setor registra crescimento pelo terceiro mês consecutivo
27 de novembro de 2019O segmento de seguros no Brasil vive um período de crescimento exponencial. Só no primeiro semestre de 2019, o setor registrou aumento de 8,4%, mesmo com Produto Interno Bruto (PIB) pouco expressivo no mesmo período. E os números seguem em crescente escalada.
Durante os três primeiros meses do segundo semestre, a categoria repetiu a alta de dois dígitos, marco histórico para o segmento que fecha o acumulado do ano (até setembro) com crescimento de 12,3%. O resultado exclui receitas do DPVAT ou saúde complementar.
Panorama positivo
Especificamente, os meses de julho, agosto e setembro foram decisivos para o setor. Com altas de 11,3%, 11,5% e 18,6%, respectivamente, o segmento de seguros está cada vez mais próximo de superar a expansão de 8,7% estimada para 2019.
Segundo Márcio Coriolano, presidente da Confederação Nacional de Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Complementar e Capitalização (CNseg), a natureza pró-cíclica do setor de seguros é uma explicação para os resultados positivos.
Em outras palavras, o segmento cresce quando a economia vai bem, pois as empresas produzem mais e, consequentemente, investem mais em seguros. Por outro lado, quando a economia não vive o melhor momento, as pessoas buscam maneiras de garantir mais proteção.
O panorama positivo é reforçado pela perspectiva favorável para os próximos meses. De acordo com Coriolano, o período de final do ano costuma ser vantajoso para o setor de seguros, o que valida a possibilidade de fechar 2019 com mais um avanço de dois dígitos.
Mercado de seguros em transformação
Os primeiros nove meses de 2019 trouxeram o faturamento de R$196,5 bilhões, número apoiado pela transformação que o setor de seguros tem passado. A modificação mais significativa está nas categorias líderes do mercado. No segmento elementar, destacam-se as áreas de seguro patrimonial e de propriedade, com crescimento de 12,8%, registrado até o oitavo mês de 2019.
Boa parte desse avanço está ligada à tendência crescente de assegurar bens adquiridos, como residências e outras posses. Esse movimento evidencia a ressignificação do mercado: se antes o seguro era visto como um gasto, hoje é um investimento.
Além dos seguros mais tradicionais, outras áreas apresentam expansão:
- Planos de acumulação (VGBL e PGBL): +16,9%.
- Panos de risco: +15,6%.
- Capitalização: +12,1%.
Comparados ao mesmo período do ano anterior, essas áreas juntas somam volume de R$ 133,5 bilhões. O crescimento só não foi mais significativo porque o segmento de danos e responsabilidades, cujo principal produto é o seguro automotivo, manteve números reduzidos, com tímidos 5,3%.
Segundo Coriolano, o resultado referente ao seguro de carros está ligado à diminuição da renda dos brasileiros. Porém, a recuperação é esperada para os próximos meses.
Fontes:
http://agenciabrasil.ebc.com.br
www.sincor.org.br
https://www.revistaapolice.com.br