Bons ventos movimentam o setor náutico
18 de dezembro de 2019Os bons ventos da economia sopram a favor do mercado náutico brasileiro. Após um período de calmaria, o setor volta a apresentar crescimento, seguindo o faturamento de U$ 800 milhões, de 2018, e a expectativa de chegar a U$ 1,5 bilhão em 2020. Grandes eventos, como o São Paulo Boat Show 2019, acreditam no potencial nacional a partir do turismo e a popularização do lazer náutico, como um estímulo para a aquisição da “embarcação própria”.
A perspectiva positiva, divulgada pela Associação Brasileira de Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar), reflete o amadurecimento do mercado brasileiro. Atendido por 120 estaleiros formais que contabilizam produção de 10 a 120 pés e produção média de 3,3 mil barcos ao ano, a indústria náutica brasileira possui excelente reputação entre o público nacional e internacional.
Vocação náutica
Embora a frota esteja crescendo, somando cerca de 814,5 mil embarcações entre iates de luxo e barcos de pesca, o volume ainda é muito menor do que em outros países. Enquanto no Brasil a média é de uma embarcação para 254
habitantes, nos Estados Unidos o número cai para uma a cada 23 habitantes. Na França e Inglaterra, os números são de 63 e 66 embarcações por habitantes, respectivamente.
Porém, um dos principais argumentos para sustentar a vocação náutica brasileira são os mais de 7 mil km de litoral navegável. Além dos mais de 45 mil km de rios navegáveis, incluindo baias e lagos. Esses números representam o potencial de crescimento do setor, que conta ainda com investimentos em tecnologia de fabricação e produtos de alto padrão.
Principais polos nacionais
As regiões Sul e Sudeste concentram mais de 85% dos estaleiros. Os estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro representam, respectivamente, 35%, 21% e 14% do total. O Sul do país possui a segunda maior concentração de estaleiros e fabricantes de equipamentos náuticos. Entre os estados sulistas, Santa Catarina se destaca pela infraestrutura e intensa movimentação.
Cultura náutica
Outro argumento para respaldar a perspectiva positiva é que o público está encarando o mercado com novo olhar. O que antes era um luxo, algo para pessoas com maior poder aquisitivo, agora é uma forma de lazer ao alcance do público de renda média. A criação de uma cultura náutica é um dos fatores que apontam para o futuro positivo da indústria nacional, com incidência direta no mercado de seguros para embarcações.
Seguro embarcações
O crescimento do mercado náutico aponta para a necessidade do desenvolvimento de produtos personalizados que atendam os velejadores. Assim como qualquer outro bem adquirido, embarcações demandam cuidados a cerca da manutenção do patrimônio. Com a vantagem de, por ser um modelo diferenciado de seguro, os valores costumam ser proporcionalmente mais acessíveis do que o de veículos.
Outra vantagem é a possibilidade de inserção de coberturas adicionais, inserindo itens como afretamento, participação em regatas, furto de equipamentos e extensão do limite de navegação para além do território nacional. A ESSOR, em parceira com o Grupo Brancante, oferece um produto personalizado para cada cliente, considerando características de perfil e tipo de embarcação.
Fonte:
https://wonderboat.com.br/2018/12/13/estudo-da-industria-nautica-brasileira/